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O EROTISMO, A SIMBOLOGIA EA PSICOLOGIA NA PODOLATRIA

05-12-2010 06:25
O EROTISMO, A SIMBOLOGIA EA PSICOLOGIA NA PODOLATRIA


   Os pés, como as mãos, são táteis. Tão sensíveis quanto elas, podem testar o frio, o calor, o mole, o duro, o molhado, o seco, o áspero, o liso podem diferenciar sensações agradáveis de sensações desagradáveis. Esta informação põe todo o corpo em alerta.
Os pés podem tatear protuberâncias, fendas, degraus e previnir-nos sobre eventuais perigos para que possamos recuar ou avançar diante dele.

   Do ponto de vista da sexualidade, a preparação para o ato sexual, ou seja, desnudamento começa pelos pés: tirar os sapatos é o primeiro gesto de intimidade. Talvez venha daí a sensualidade dos pés?!?! Na sequência, passam por eles as calças, depois tiram-se as meias e então chega a hora da última peça.
   Ninguém pode dizer, antes da hora apropriada, de que habilidade é capaz o pé de um homem. Nu, seduz. Calçado, intriga. Na cama, descansado das atividades principais, como andar, correr, galgar, multiplica-se em usos, surpreende em utilidades. Quando por exemplo roçam-se demorados, gostosos, sensuais, em algo peludo como um púbis ou o pênis do parceiro, acariciando-o ou masturbando-o.

   Há pés brincalhões, que se divertem em amassos de glúteos, treinam beliscões, ensaiam acrobacias sensuais, ameaçam penetrações, fazem pose, etc... São pés de homens sexualmente bem resolvidos, pés que na hora do recreio só se retesam quando seus donos urram de prazer. Maleáveis ou flexíveis, esguios ou gordinhos, másculos como seus donos, que sabem extrair o maior prazer da parte mais extrema de seus corpos, e por isso mesmo, mais esquecida.
   Qualquer que seja a intenção, do dono deste pé, que a cada intervalo destes dedos, a cada gargalhada nervosa arrancada pelo passear da língua em sua tenra geografia sentirá um prazer diferente e intenso que facilmente poderá levá-lo ao orgasmo e consequentemente a um "estado de graça" mal sabe o quão diferente irá sentir-se depois de uma "transa podossexual".

   Porque os sapatos dos homens, na maioria das vezes, são fechados e os das mulheres são abertos, devassados? Por que alguns, em tiras, enroscam-se nos pés, enleiam-se nas pernas como serpentes? Porque algumas botas femininas vestem pés e pernas como camisinhas vestem glande e haste? É que são homens que desenham os sapatos, são eles que querem vê-las repetir simbolicamente o gesto das alcovas, ou querem desnudá-las ou escalar suas pernas. Essa mesma simbologia, está presente nas botas de bico fino dos cowboys(que sugere um pênis mais longo), ou nos sapatos sociais mais atuais, de bico mais grosso(que sugere um desenho peniano igualmente mais grosso). E por falar em simbologias, podemos citar como maior exemplo disso um certo príncipe que queria de uma certa Cinderela não só a mão, mas também os pezinhos. Procurou-os, sôfrego, de posse de um de seus sapatinhos. Sem eles, caiu em depressão. Queria o outro pé do sapatinho, queria aqueles pezinhos, divinos pezinhos! Mandou vasculhar o reino até encontrar a dona daquele sapatinho, cujo pé nenhum outro substituiria. Interpretado assim, este conto de fadas revela uma das mais antigas elaborações simbólicas do desejo podofetichista.

   Algumas correntes mais atuais da psicologia Yunguiana acreditam que esse tipo específico de fetichismo é algo latente no ser humano desde a mais tenra infância, haja visto as crianças beijam o próprio pé, chupam o dedão, em contorcionismo prazeroso. Os pais, por sua vez, também estimulam esse tipo de comportamento quando por exemplo, esfregam os pezinhos do bebê no rosto ou no nariz, riem, fazem festinhas, estimulando assim, não apenas a podolatria em um nível subconsciente do bebê, mas também saciando seus próprios desejos podolatras e por que não dizer pedofilos. Todavia, isso não quer dizer que esse tipo de brincadeira seja perniciosa ou que levará fatalmente o indivíduo a ser podolatra. É claro que não!!! Muito antes pelo contrário, esse tipo de brincadeiras e carícias são próprias do comportamento humano, e são fundamentais para o estabelecimento de uma psique sadia e uma rede erógena ampla. "Acariciar os pés de uma outra pessoa, sobretudo se são bem-feitos, pode tornar-se uma paixão para certas crianças; e muitos adultos admitem conservar um resquício do mesmo impulso. O interesse de certas mães pelos dedos dos pés de seus filhos, que elas exprimem com uma violência apaixonada e quase inacreditável e frequente; aí está um fator de ordem sexual de grande importância." (Havelock Ellis, em Erotic Simbolism, 1906).
   Algumas pessoas conservam pela vida afora essas sensações de delícia quando alguém manipula seus pés e, excetuando a inocência, revivem aquele prazer da infância, entregando-se, dóceis, à antiga carícia. Mas, é sempre bom lembrar que tudo isso deve ocorrer num clima agradável, alegre e inocente.